Nas conversas que tenho tido sobre a geração solar distribuída, vejo que ainda existem muitas dúvidas, mesmo com a grande quantidade de informações na internet e na imprensa. A maioria dessas dúvidas são bastante pertinentes.
Estamos falando de um investimento que tem um retorno financeiro maior que qualquer aplicação existente no mercado. Esse fator é bastante motivador, mas não é suficiente para se tomar a decisão de se fazer esse investimento.
O consumidor que investe em um sistema de geração solar passa a ser um produtor de energia, devendo ter cuidado com o adequado dimensionamento, instalação e operação desse sistema. Não é equivalente a compra de um eletrodoméstico, que é só ligar na tomada e esperar seu pronto funcionamento.
O sistema de geração solar tem a opção de modularidade, ou seja, posso colocar mais módulos e aumentar a energia gerada, mas não é conveniente instalar esse sistema com faltas ou excessos. No caso da falta, se o dimensionamento da geração não for compatível com o consumo, haverá a necessidade de novos investimentos, gerando a perda de escala quando da instalação do projeto.
Para o excesso, ou sobredimensionamento, o consumidor perderá energia, que significa efetivamente perda de dinheiro, mesmo considerando a possibilidade de compensação futura desse excedente, caso ele não seja utilizado totalmente.
Quando se dimensiona o sistema de geração solar distribuída, normalmente se considera o consumo de energia durante um período de 12 meses e a geração de 25 anos, que corresponde ao tempo de vida útil dos equipamentos.
Para simulação da geração são considerados os valores de radiação solar do local da instalação do sistema, a disposição dos módulos fotovoltaicos e objetos que provoquem sombreamento como árvores, prédios vizinhos, antenas, objetos em cima da cobertura, dentre outros. A análise anual é necessária porque o consumo e a irradiação variam constantemente. Com base nesses dados, obtém-se, por meio de simulação computacional, a definição da potência otimizada do sistema de geração solar.
Então, se for realizado o dimensionamento correto, não tem mais nada em que me preocupar? Não é bem assim!
Além do dimensionamento, deve-se também observar a instalação do sistema de geração solar, a operação e a manutenção. Você deve então estar pensado: que coisa mais complicada!
Com o suporte de uma empresa especializada, o consumidor irá receber as orientações que irão descomplicar o processo.
A Lucena Energia orienta os consumidores residenciais, comerciais ou industriais a dimensionar o sistema de geração solar, considerando os conceitos de eficiência energética e uso racional de energia.
O consumo de energia elétrica pode ser reduzido com ações que não significam diminuir a qualidade ou de renunciar a confortos. Alguns pequenos investimentos ou mudanças de comportamento resultam em redução do desperdício e da conta de energia. Passamos para o estágio de consumo consciente de energia!
Mesmo que a questão ambiental não seja o fator determinante para a definição do investimento, a energia solar é renovável e não emite gases de efeito estufa na atmosfera. Por isso, a fonte solar possibilita que a produção de energia elétrica seja feita de forma adequada, tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista ambiental.
O planeta e o nossos descendentes agradecem!
Murilo Lucena Pinto
Engenheiro eletricista e mestre em administração. Pós-graduação em sistemas elétricos e em engenharia de segurança do trabalho. Engenheiro da Chesf por 38 anos, responsável, por mais de 10 anos, pela superintendência de planejamento, meio ambiente e geoprocessamento da empresa. Coordenou, como representante do Ministério das Minas e Energia - MME, o Comitê de Planejamento do Sistema Elétrico da Região Nordeste e foi representante do Brasil em delegação para os Estados Unidos sobre geração distribuída. Ex-sócio e atual parceiro da Rumo Energia Renovável e, atualmente, sócio e diretor técnico da Lucena Energia.